quarta-feira, 29 de junho de 2016

Chengdu dia 177


Ler… parar a leitura e contemplar o movimento das pessoas, ouvir as vozes, imaginar pensamentos interpretar silencios idealizar futuros criar ideias estupidas e rir-se delas. Cumprimentar desconhecidos sorrir a cada transeunte ouvir musica desconhecida prestar atencao a conversas que não se entende pensar no passado presente e futuro criando mais duvidas que certezas, imaginando regras para as quebrar. Nao ter horas relogio ou compromissos. Refletindo sobre o mundo sobre a humanidade e ao mesmo tempo estar aqui quieto e sem acao. Imaginar a justica e a igualdade mas ficar-se pelo ni hao ao próximo companheiro de mesa. Meditar em tudo sem ter de pensar em nada... como vou ter saudades disto!!! Hoje começou a despedida!


Ultimo dia de aventura... tinha decidido descansar de manha e a tarde ir ao maior templo de chengdu... mas nao!! sendo o ultimo verdadeiro dia desta aventura decidi homenageá-la fazendo aquilo q ela me proporcionou: explorar, ver, sentir, conhecer... no fundo viver e perceber como se vive. E fiz da forma como aprendi a fazer, deixando-me ir pela corrente que a massa humana das cidades cria sem qualquer desejo conjunto mas fruto de cada desejo particular, qual mao invisível, um vento invisível e forte que encaminha os corpos, e neste caso também o meu. Entrei no primeiro autocarro que parou, sai na paragem com mais gente e caminhei…. Fui sentir uma ultima vez as pessoas normais e vulgares que fazem do mundo um lugar excepcional. percorri ruas e vielas, respondi a cada palavra com um sorriso, vi jogos de cartas, lojas de tudo, preços próximos do nada, vi predios por detrás de arranha ceus, lojas sem teto, policias em cada esquina. Fugi de carros motas e bicicletas, cruzei-me com pessoas, esbarrei-me noutras. Nao tirei a camara da mochila e guardei as imagens do quotidiano na minha memoria. Perdi-me nos bairros sujos e encontrei novas avenidas. Olhei cada pessoa e cada lugar duas vezes, uma contemplando, a outra despedindo-me, levando desta forma comigo a lembranca de cada lugar e cada cidade dos ultimos 6 meses. Lugares majestosos mas tambem lugares simples. Todos! Sem que uns sejam mais importantes que outros. Sem os primeiros não veriamos a beleza dos segundos e sem os segundos nao existiriam os primeiros. foi assim a tarde. E pq amanha e sempre longe demais... ha que viver o hoje!

No final, encontrado o rumo e as grandes avenidas, eis chegado ao centro… e como que tirando a fantasia ao conto, a áurea do fantastico à realidade e saindo do tradicional rumo ao moderno... tiro a camera da mochila... sento-me num starbucks... e descrevo esta ultima aventura...

amanha já será o ultimo dia numa transicao do ontem para o amanha. Fico assim, admirando o hoje e esperando pelo amanha!





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