4º mes:
O local: Rinjani... 3.726m de espetaculares vistas !
O Melhor: falar com o povo indonésio em Yogyakarta!!!
O Pior: colocar creme nas costas quando se esta sozinho!!! o deus nao pensou nisto quando nos desenhou...
O Pior: colocar creme nas costas quando se esta sozinho!!! o deus nao pensou nisto quando nos desenhou...
Estado de espirito: Agradecido!! por ter conhecido e convivido com um povo tao espetacular! obrigado indonesia!!
Contactos com conhecidos de data longa: Jopas e Francisca em Singapura.
Conclusao pontual ( so para me armar!:) ):
O tempo“Era uma vez uma geração que se achava muito livre.
Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam na vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar. Ninguém os podia deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que era necessário e o que era vício.
Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.
Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer se destacar na equipe? Sim.
Mas para a vida, costumava ser não.
Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias em um hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos “amigos”.
Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.
Só não tinha controle do próprio tempo.
Só não via que os dias estavam passando.”
Excertos de Ruth Manus (http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-triste-geracao-que-virou-escrava-da-propria-carreira-2/)
O tempo passa, o sol levanta-se todas as manhas e desce todas as tardes, o março vem depois do fevereiro e o dia 21 depois do dia 20, as seis da tarde são sempre depois do meio dia e a noite antecede a manha, isto porque os dias não param, as horas não ficam suspensas e os minutos e segundos avançam sempre ao mesmo ritmo… a um ritmo monótono mas ameaçador. Depende de cada um não deixar passar o tempo. Muitas vezes passamos por ele e não ele por nos, nesta corrida alucinante em que deixamos de saber se corremos atras ou à frente, mas onde não o sentimos nem o valorizamos. Todos o sabemos, todos o admitimos, "ainda ontem era Novembro" e "como estas grande, parece que foi ontem que nasceste"… e entre esse ontem e o hoje talvez so o tempo tenha passado, a rotina, essa batalha silenciosa, essa comodidade assassina, talvez o tenha deixado passar sem nada nos ter trazido para alem da idade.
Mas ao sair um pouco desse quotidiano formatado, desse vai e vem, do casa trabalho casa, dos bons dias e boas noites, o tempo ganha outra dimensão. Não que o sol se detenha no meio dia ou que os dias se estendam em horas, as leis da fisica não falham nem se desviam do seu rígido caminho, mas a verdade é que há tempo! Olhando hoje para os 4 meses passados, também temos a ilusão de ótica que nos leva para o ontem… tudo passou rápido. Mas diariamente e revendo o conjunto de dias que perfazem os 4 meses sente-se e confirma-se que cada dia foi vivido... com tempo. O tempo passa devagar, passa suave e permite-nos ter tempo... para tudo. A liberdade de decidir a cada momento o que fazer, a liberdade de fazer apenas aquilo que decidimos, a oportunidade de conhecer e visitar, o total controlo do dia, da hora e ate do minuto, alonga as horas sem alterar os minutos. Nestes 4 meses tivemos tempo para tudo o que gostamos (e que gostariamos de fazer, ter tempo para estas coisas foi um dos objetivos da viagem) e que nos faz sentir bem: passeamos, visitamos, convivemos, lemos, escrevemos, descansamos, vagueamos, contemplamos, descontraimos, pesquisamos… tudo com tempo! Este controlo, apesar de ilusório, do passar do tempo faz-nos felizes, descontraídos, relaxados e realizados. A não existência de rotina e de obrigações, a definição do que queremos permite esta feliz utilização de cada minuto, otimizando o prazer que ele nos confere.
Olhando para os dias passados, mais do que saber tudo o que muitos já disseram e escreveram sobre o passar do tempo, finalmente sentimos que é efetivamente possível controla-lo, usa-lo e usufruir do seu lento passar. Esta é talvez das melhores experiencias desta pequena aventura. o tempo passa, mas podemos nao o deixar passar!!
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