2 meses on the road
O local: Macau Picchu, o lugar é mesmo incrível!
O Melhor: o espirito, a atmosfera e a cultura colombiana... há coisas que não se explicam, esta é uma delas!
O Pior: comer no Hawaii (nos USA melhor dizendo, so que em san jose tive guia!)... impossível!!!
Estado de espirito: relaxado com o tempo
Contactos com conhecidos de data longa: Filipe, Jorge e Elio de Cusco a Lima; Ana e as novas amizades para uma longa data: Jorge, Ritinha, Rita e Catarina em Lima; JIA em San Jose
Conclusao pontual ( so para me armar!:) ):
Neste segundo mês digamos que a vontade de tudo fazer adaptou-se. A energia viva, a eletricidade, o querer e a vontade de ir, de conhecer, de buscar o caminho mais que o destino, são os mesmos, estão tao vivos e despertos como antes, mantem-se alerta e ansiosos como antes. No entanto o decorrer do dia é feito de forma mais relaxada, aceitando que o tempo passa sem termos forma de não o deixar passar, aceitando que temos de ter tempo para deixar passar o tempo. Em termos práticos é aceitar que não conseguimos fazer tudo, que não podemos ir a todo o lado, que não podemos todos os dias fazer as mil e quatro coisas que imaginamos. É aceitar que iremos perder alguns pontos, que iremos deixar passar alguns momentos, não teremos visto todos os lugares nem conhecido todas as pessoas. É aceitar que o mundo é pequeno, mas mais pequeno é o tempo para os humanos, e que portanto algo ficara para trás. É ainda aceitar que este modo de vida tem também as suas rotinas, afazeres, obrigações e hábitos. E eles pedem também parte desse tempo escasso... mas neste momento vivemos bem com esse pedido, com essa necessidade. Portanto aprendemos a aceitar o tempo como ele é sem lutar contra nem sem procurar ultrapassa-lo... vivemos em harmonia e felizes para sempre!
Mas esta forma de nos relacionarmos com o tempo levanta a questão tao filosófica quanto controversa da procura constante de mais e melhor. Se é da natureza humana, se é da transformação que os humanos fizeram da sua natureza, que por si só também se torna natural, a verdade é que a ambição e o desejo de poder, de bens e riqueza tem sido constante na historia da humanidade. Verdade será que o que guiou a historia pode não ter guiado a população, porque a historia é feita por vezes por poucos, que reis, imperadores, generais se chamavam e assim tiveram e guiaram o mundo para onde desejaram. Se as populações e as suas características tem modificado o decorrer da humanidade há uns milénios aconteceu ou a há apenas algumas décadas tem acontecido. Mas voltando ao querer, ambição e aspiração, falemos da sua aplicação ao caso concreto que a teoria de nada serve se não aplicada à pratica. Também na viagem sentimos essa inquietude do espirito, essa vontade constante de mais alcançarmos e querermos. Aqui e ali, esta e aquela pessoa, um olhar ou uma leitura mostram-nos mais lugares, mais sítios, ambientes e situações que queremos alcançar, que queremos conhecer, ver, sentir, estar. Afinal existe uma cidade ainda mais bela, um monte ainda mais bonito, uma vista mais abrangente, uma floresta mais verde ou uma festa mais tradicional. Falam-nos de lugares mais genuínos, de cidades menos turísticas, de gentes mais calorosas. E tudo isto desperta o espirito inquieto que connosco nasceu, desperta a curiosidade e a vontade de conhecer... mas depois... depois refletimos e concluímos que haverão sempre mais lugares, melhores pessoas, diferentes ambientes, pontos menos turísticos e mais genuínos... e haverão sempre porque nunca conheceremos o mundo apesar de ele ser pequeno. E isso é a beleza da vida!! Nunca conhecer tudo e sempre querer conhecer mais! é isto que chamamos viver!!
E depois de pensarmos nisso relaxamos outra vez e vivemos felizes para sempre.
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